sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Um olhar assustado, perdido

Um olhar assustado, perdido 
numa procura de si mesmo tentando olhar o outro 
sobressalta-se o coração em batidas ansiosas 
esconde-se a alma procurando a luz que a aviva 
fica como menino assustado escondendo-se de si mesmo 
sentindo-se sózinho na noite escura 
apaga-se o olhar no brilho de que se alimenta 
dentro, surge como que uma melodia em choro 
e desse lamento, solta-se um chamado - onde estás...? 
vem que me fazes falta minha lua 
preciso do teu brilho no escuro da noite 
não te sinto nessa penumbra onde estou 
quero viver desse brilho na minha alma apagada 
sentir tua voz alegrando meu coração assustado 
e sossegar no teu som as batidas de um coração ansioso 
refrear toda a angustia que essa ansiedade lhe causa 
todo eu sou um grito onde te chamo e procuro 
tanta a falta que me fazes a cada dia mais nesse meu viver 
quero perder meu medo e soltar toda essa força num único grito
quero sentir-te comigo sempre 
de ti muito preciso em mim 
como chamadas insistentes do pensar que sinto em cada vibrar teu 
é sempre um novo cintilar fortalecendo cada impulso 
cada batida de coração é como o ribombar de trovão na nossa mente 
cada veia irrigada de sangue é um traço de chuva no nosso interior 
seremos a tempestade e a calma em que a força do amor se torna bonança 
e de outras tempestades nos precavimos 
enfrentando com todas as nossas forças as intempéries que assolam nosso coração 
seremos a sombra um do outro nessa luta 
serei contigo, como tu comigo 
e nessa junção de forças seremos o mais forte 
serás o sorriso do meu olhar quando lhe ofereces o teu brilho de alma 
tu serás o sorriso e a mão estendida 
eu serei para ti o ombro onde encostas teu rosto 
sentirei em ti o caminho que percorro 
serei a força na tua força em cada respirar 
e num sentir de vida em nós vivido 
soltaremos o amor em cada batida de coração 
seremos a alegria de cada uma das suas batidas 
e juntos bailaremos no som de cada palpitar 
percebendo cada passo dessa dança iluminada 
no olhar de alma em que nos perdemos 

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